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Desta maneira, a pauta climática deva ser interseccional, ou seja, considerar que cada pessoa é recortada por diferentes características, como a raça, a etnia, a classe, a orientação sexual, a religião, a origem geográfica, dentre muitos outros, que refletem desigualdades sociais e estruturas de poder. Quanto mais essas características se cruzam, maior pode se tornar a vulnerabilização. A mudança do clima pode ser vista como mais um eixo de exclusão à luz da interseccionalidade, já que impacta de maneira desproporcional grupos e populações específicos, especialmente as mulheres negras e indígenas (LOUBAK, 2022).