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Avanços significativos têm sido obtidos na previsão do ENOS, com modelos climáticos cada vez mais sofisticados e capazes de prever a sua ocorrência com meses de antecedência. Essa capacidade de previsão do ENOS é crucial para orientar a preparação para os seus impactos (KUSHNIR et al., 2019) no território nacional como, por exemplo, as secas na Amazônia e as inundações devastadoras no sul do Brasil, observadas em 2023 e 2024, período de ocorrência do El Niño. Vale destacar que durante a última década a ocorrência de El Niño ou La Niña foi registrada em todos os anos. As projeções do IPCC indicam que, ao longo do século 21, haverá maior frequência de ondas de calor marinhas e eventos extremos de El Niño e La Niña (IPCC, 2018).