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As mudanças do uso da terra sempre tiveram um papel histórico preponderante na alteração dos ecossistemas terrestres e ambientes marinhos (JOLY et al., 2019). Até 1970 houve uma redução estimada de 22,6% na abundância de espécies, com pequena participação da mudança do clima. Porém, desde então, observa-se uma crescente influência da mudança do clima na perda de biodiversidade (OMETTO et al., 2018). Estudo do CEMADEN e do INPE verificou que áreas do semiárido do país têm crescido a uma taxa média superior a 75 mil km2 a cada década. No último período considerado, 1990-2020, observou-se o aparecimento de uma área definida como árida no norte do estado da Bahia, que nunca fora observada nas décadas anteriores.