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Em 2023, a insegurança alimentar estava presente em 21,6 milhões dos domicílios, sendo 3,2 milhões em insegurança alimentar grave. Os dados também alertam para a necessidade de olhar atento para as mulheres e pessoas negras, que chefiavam, respectivamente, 59,4% e 69,7% dos domicílios que se encontravam em algum grau de insegurança alimentar. Ainda, 18,3 milhões de domicílios estavam localizados nas cidades, locais afetados frequentemente pelos desastres climáticos (IBGE, 2024). Ainda, o elevado volume de perdas e desperdícios de alimentos no país acarreta aumento dos custos e preços, o que afeta a disponibilidade e o acesso, principalmente para as famílias de baixa renda ou que se encontram em extrema pobreza. Estima-se que as perdas ao longo das cadeias de produção e abastecimento variem entre 10 e 30%, chegando a 40% em alguns casos (IPEA, 2018).